O Barrense

Dois-sete-meia

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Só pra você saber, consegui decorar o trajeto até tua casa. A duvida que me atormenta é: o que fazer agora que nosso laço se desfez?
A lembrança que tenho ainda é nítida. Nosso primeiro mês de namoro e tu me cobrando pelo fato de recorrer ao GPS para chegar à tua casa. Acho que preciso dum GPS pra minha vida, ou sei lá, um mapa, carta náutica, algo que me coloque no caminho novamente, porque depois de te perder eu perdi o rumo.

Você não sabe, mas eu sempre fui péssimo com caminhos. Em bifurcações sempre tomei a direção errada. E olha… Tomei novamente.
Lembra-te da primeira vez que fui a tua cidade? Você deixou claro: estarei te esperando no pórtico da cidade. O que eu fiz? Passei reto… Definitivamente não sei me orientar sozinho. Só demorei pra perceber que tu és minha bussola.

Volta e meia me pego passando o endereço da tua casa ao entregador de pizza. Até o colégio como referência eu digo. A única coisa que acerto são os sabores, por falar nisso, sou eternamente grato por me apresentar a pizza doce. Agora me apresenta a formula mágica pra te esquecer…

O que eu faço com o numero dois-sete-meia que não sai da minha cabeça? Sei que pra você é besteira, mas pra mim ele possui um significado que não consigo explicar. Meu coração dispara só de passar por uma casa com esse numero, mas logo se decepciona ao lembrar-se que esta não é tua rua, tua cidade, e definitivamente não é tua casa. Não somos mais nós.

E hoje, apesar da distancia quilométrica e sentimental que nos separa, posso afirmar que chegaria à tua casa de olhos fechados, sem auxilio de GPS, pois esse caminho meu coração decorou. Ele daria tudo pra ter você nos melhores dias e nos piores faria questão de te abraçar pra se encontrar novamente.

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